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segunda-feira, fevereiro 20, 2006 

CRÔNICA:
Coisas da Língua

A língua portuguesa é recheada de regras e é cada vez mais notável a distância que separa a norma culta de seus falantes. Isso em parte se justifica pelo próprio fato de que as pessoas não cultuam o hábito da leitura, mas ainda há aqueles que lêem e apresentam resistência em por em prática aquilo que aprendem na gramática. No contexto dos erros da língua estão inseridos os que ignoram as regras e os que as conhecem, mas mesmo assim estes não se sentem à vontade para falar obedecendo-as. É como o primo rico, aquele que todos admiram, comentam, mas não conseguem ter intimidade com ele. De certa forma todos acabam contribuindo para aumentar a distância entre a língua culta e a coloquial. Aparentemente isso não é muito ruim, porque se parte do princípio de que o mais importante é que a sua mensagem seja compreendida. E ainda há aqueles que são enfáticos em dizer que isso é o que importa, - você entendeu? - Então pronto! Opiniões à parte, o fato é que quando alguém vai se submeter a um concurso público, o que se ver é um corre-corre, bate um desespero e a necessidade de se conhecer as regras da própria língua. Por ironia, a língua portuguesa é a matéria que mais reprova nos exames vestibulares, seja em forma de prova objetiva ou na hora da redação. Essas dificuldades seriam mínimas se as pessoas se habituassem a falar da forma que estudam nas gramáticas, mas o erro parece que tem mais força do que a própria vontade, necessidade ou consciência de se falar corretamente, daí ele continua; como conseqüência, mais concurso, mais desespero e mais reprovação.
Curioso é também a substituição de palavras para justificar erros ou atitudes que merecem reprovação, tipo esquecimento, distração, indiferença e etc. Por exemplo, você comete um erro e aí justifica - foi mal! Esqueceu algo no lugar errado - foi mal! O foi mal acaba sendo uma maneira de pedir desculpa, reparar os erros, e muitas outras maneiras que o foi mal poderá ser utilizada. O mundo moderno nos ajuda a empobrecer a língua portuguesa; as gírias, às vezes, até soam como algo não muito, “careta”, digamos assim, - opa! -Acabei de usa-la. Mas a verdade é que ela usada em excesso acaba comprometendo a beleza da língua portuguesa. Assim, o foi mal, as gírias e os neologismos excessivos acabam tirando a riqueza e toda beleza que é a língua portuguesa e quando isso acontece, então, sim – agora foi mal!?
Em se falando de modernidade, há os viciados em salas de bate-papo na internet e o você vira vc, também passa a ser tb, aqui é aki e assim sucessivamente. O problema é que o hábito de uma situação leva a outra, é aí que mora o perigo! O computador faz com que as pessoas escrevam menos, calculem menos e algumas coisas passam a ser de menos e outras demais. O século XXI chegou e parece que estamos tão deslumbrados com os benefícios tecnológicos que esquecemos de práticas importantes como escrever e calcular. De positivo temos as informações em tempo real, já não nos limitamos à televisão, esta que é ávida por consumidores e que contribui substancialmente para estabelecer valores e modas sem se preocupar com a conveniência de quem irá consumir. Já a internet você tem a liberdade de escolher o que quer ver, mas essa liberdade nos coloca também diante do risco de sermos fúteis já que ela é um mundo sem limites, você tem do ótimo ao péssimo. Fica a conclusão de que o importante é ter bom senso e não permitir que a tecnologia, o modismo ou o chique suplante os valores que fazem da vida a grande emoção na maneira de falar, se desculpar, se informar e de viver.


(RAIFRAN BRANDÃO ARAÚJO)

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Quem é Raifran?

  • I'm Raifran Brandão Araújo
  • From Zé Doca, Ma - Tefé/Am, Brazil
  • A internet é esse fantástico mundo sem fronteiras e me sinto no dever de fazer dela um elo de comunicação entre a sociedade e a informação. Denunciar, criticar, sugerir e tudo que possa valorizar a sociedade e o espaço democrático. “Não podemos deixar que os desmandos das oligarquias políticas continuem tirando dos ribeirinhos o sonho de serem cidadãos". É preciso criar uma ruptura cultural e este espaço valoriza isso”. Sou Idealista, poeta amador, diretor e fundador do Jornal Folha de Tefé, lançado em 25/08/2007 e O Solimões.
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