sábado, agosto 26, 2006 

Princesa do Solimões

Num afluente do Rio Solimões
Naveguei pelo Rio Tefé
Encontrei uma princesa
Princesa do Solimões
Te encontrei e em ti fiquei

Terra acolhedora, boa gente
Cidade crescente como é belo
O teu afluente, Rio Tefé
Mais belo ainda é teu lago
Lago de Tefé

Tefé de Santa Tereza
Tefé de fé, Tefé evangélica
Angélica flor que aqui desabrochou

Em meio a rios e selvas
Desfruta uma natureza bela
Beleza que encanta
O visitante e itinerante

Natureza rica contemplada
Por todos que aqui passam
Levando a lembrança
De uma terra que marca

Marca pela beleza natural
Pela pobreza espiritual de políticos
Que enganam, que ignora o teu nome
Teu povo humilde, esquecido, no abandono
Maltratada como um chão sem dono

Tefé tenha fé que um dia no teu caminho surgirá
Um homem bom que ao teu povo irá olhar
Te dá zelo, te vestir de amor, te despir da dor

Dor de ter maus políticos
Das riquezas ilícitas oriundas da erva
Erva do ouro branco que causa lágrima e pranto
Erva que castiga e destrói o lar, trazendo crueldade
Na cidade e furtando o sonho de alguém
Homens que exalam o mau cheiro do dinheiro
Que em detrimento de um povo enriquece às custa de alguém

Políticos sem amor e despido de pudor, enchem suas contas
Vivem no egoísmo, na abundância da ganância
De negócios que empobrecem mais o povo
Enche o bolso roubando a esperança de teu povo

Princesa do Solimões
Teus súditos te acolhem
Teus nobres te insultam
Tiram a tua majestade

Irmãozinho que não te larga
Reinado de Sanguessugas
Tua teta é muito larga
Por isso que não te largam

Puxa saco que não dorme
Tem dinheiro, tá por perto
Sente o cheiro é o tempero
Fica o tempo inteiro
Puxa o saco tem paneiro
Não larga dessa vida, tem um bessa
Vai ficando, o paneiro vai rolando
O dinheiro ali ficando

Princesinha! Princesinha!
Quanta majestosa beleza ostenta
Se o teu prazer é caro
Maior é o investimento
Enquanto dinheiro tiver no banco
É você o meu encanto


(RAIFRAN BRANDÃO ARAÚJO)

Quem é Raifran?

  • I'm Raifran Brandão Araújo
  • From Zé Doca, Ma - Tefé/Am, Brazil
  • A internet é esse fantástico mundo sem fronteiras e me sinto no dever de fazer dela um elo de comunicação entre a sociedade e a informação. Denunciar, criticar, sugerir e tudo que possa valorizar a sociedade e o espaço democrático. “Não podemos deixar que os desmandos das oligarquias políticas continuem tirando dos ribeirinhos o sonho de serem cidadãos". É preciso criar uma ruptura cultural e este espaço valoriza isso”. Sou Idealista, poeta amador, diretor e fundador do Jornal Folha de Tefé, lançado em 25/08/2007 e O Solimões.
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