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quarta-feira, junho 28, 2006 

SACO QUE ENGORDA


Puxa o saco, Mela mão
Quanto mais puxa o saco
Mais dinheiro tem na mão.

Mela a mão do delegado
Mela mão de vereador
No Brasil por aí a fora
Quantos esquemas não tem?

Dinheiro fácil, vida sem trabalho
Vida boa pra alguns é fácil
Roube o som, vem a poeira
O ouro branco é pela beira
Qualquer peixe enche o bucho
Mas o bom mesmo é a poeira.

Poeira que esconde a festa do ouro branco
Da esquina e da beira, quanto mais barco chega
Mais eu encho minha carteira.
Compro carro, faço casa, se me incomodar
É só chamar alguém e fazer uma meladeira.

Em terra sem justiça o paneiro vive cheio
Passa um tempo fora e depois volta
Nunca mexe com ninguém.
Só mexe no dinheiro, até porque isso o povo não tem

Fico aqui bem quietinho, não assusto ninguém
Se eu quiser posso ir embora
Isso não é dá conta de ninguém
Mas pra que fazer isso se dinheiro fácil tem?

O ladrão que rouba pouco tem na mão uma algema
O ladrão que rouba muito tem na conta uma fortuna.
A faca que mata o pobre é a mesma que mata o porco
Põe-se na feira, vende-a, passa o tempo, esquece o povo
Pega o morto leva logo e enterra o corpo.

E a justiça?
A justiça é para poucos
Não a procure muito, pois você pode acabar louco
Faça assim: fale bem, passe a mão e puxe o saco
Com o tempo cai dinheiro, mela a mão e enche o saco.

(RAIFRAN BRANDÃO ARAÚJO)

Cara, gostei muito desse poema. Por um acaso é inspirado no ambiente da nossa uea?

Oi amigo, lendo este seu poema, eu vi que no nosso tão querido e usurpado Brasil o puxa-saquismo só muda de cor e endereço, no restante é tudo igualzinho. Politicos enchendo as mãos dos puxa-sacos e eles bajulando os politicos em troca de uma melação de mão.

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Quem é Raifran?

  • I'm Raifran Brandão Araújo
  • From Zé Doca, Ma - Tefé/Am, Brazil
  • A internet é esse fantástico mundo sem fronteiras e me sinto no dever de fazer dela um elo de comunicação entre a sociedade e a informação. Denunciar, criticar, sugerir e tudo que possa valorizar a sociedade e o espaço democrático. “Não podemos deixar que os desmandos das oligarquias políticas continuem tirando dos ribeirinhos o sonho de serem cidadãos". É preciso criar uma ruptura cultural e este espaço valoriza isso”. Sou Idealista, poeta amador, diretor e fundador do Jornal Folha de Tefé, lançado em 25/08/2007 e O Solimões.
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