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segunda-feira, julho 03, 2006 

O NARCISISMO DE UM PENTA

A copa do mundo é uma espécie de jardim do éden para a maioria do povo brasileiro, que motivado pela mídia ou pelo folclórico futebol verde-amarelo deixa fluir como nunca o sentimento de brasilidade, o patriotismo sobra nas cores da pátria. Nas ruas, fachadas residenciais, veículos, avenidas, tudo se torna apropriado para assumir as tonalidades da seleção canarinho. É raro aquele que não se rende à paixão do futebol. A imprensa internacional se volta para o Brasil e a modesta latinidade de um país sul-americano é trocada pelos olhares atenciosos do mundo desenvolvido. Neste momento o país sai da condição de plebeu para fazer parte da nobreza, é visto com respeito, admiração e até mesmo com medo pelos seus adversários. É o Brasil do futebol, com ele cento e oitenta milhões de brasileiros alimentam o sonho e a ilusão de ser sempre o melhor do mundo. Sob a anestesia da copa o país parece esquecer suas mazelas: a corrupção, a criminalidade, os problemas de saúde, a educação deficitária. Imergido num mundo cujo maior problema é o impedimento ou a falta que não foi marcada a seu favor ou ainda uma bola que não entrou; estimulado por uma mídia implacável e um mercado ávido e oportunista que em nome do amor pelo futebol vende até a sua sombra, claro, pintada de verde-amarelo, o Brasil é só felicidade. Mas a única estrela que brilha sozinha é o sol, luz indispensável para a fauna e a flora, que num fenômeno que não é o Ronaldo, a fotossíntese alimenta a vida na terra. Combinação perfeita nas tão brasileiras cores verde-amarela, mera coincidência. A constelação canarinha não teve brilho e como uma estrela cadente caiu, arranhando os corações do povo brasileiro.
- E o que dizer do técnico da seleção? Na sua entrevista após a eliminação se mostrou satisfeito: “consegui bater o Record de ser o técnico que mais tempo passou frente a uma seleção, ainda teve o Cafu, o Ronaldo e o Lúcio que bateram Records”. Para o povo brasileiro, entretanto, os records foram presentes de grego e que traduzem a incompetência do técnico da seleção brasileira.
Em ano de eleição cabe ao povo brasileiro continuar vestindo os tons verde-amarelo, não associar as cores da bandeira ao fracasso do mundial e ir para as urnas armados de cidadania e consciência política, pois assim terá legitimamente uma vitória para a nação brasileira e não repetir o erro narcisista do medíocre Carlos Alberto Parreira, que se afogou no próprio encanto, deixando lágrima, espalhando pranto.
Para um país que foi descoberto pelos portugueses, os mesmos que descobriram um treinador, o Felipão, cabe um consolo: - somos portugueses desde pequenininhos!!! Em tempo de independência torcer pela ex-metrópole já não causa indignação e ao ex-técnico é dada a missão de enxugar a lágrima do povo brasileiro que borrou a maquiagem de uma falsa felicidade de um país que vive motivado pela paixão, vive o sonho, acorda cedo, percebe que nada mudou está entregue à pobreza, ao descuido e a corrupção. Acabou o sonho do hexa, mas não pode oh! Povo brasileiro, perder a razão. Viva o Brasil!

(RAIFRAN BRANDÃO ARAÚJO) - JUNHO/2006.

Quem é Raifran?

  • I'm Raifran Brandão Araújo
  • From Zé Doca, Ma - Tefé/Am, Brazil
  • A internet é esse fantástico mundo sem fronteiras e me sinto no dever de fazer dela um elo de comunicação entre a sociedade e a informação. Denunciar, criticar, sugerir e tudo que possa valorizar a sociedade e o espaço democrático. “Não podemos deixar que os desmandos das oligarquias políticas continuem tirando dos ribeirinhos o sonho de serem cidadãos". É preciso criar uma ruptura cultural e este espaço valoriza isso”. Sou Idealista, poeta amador, diretor e fundador do Jornal Folha de Tefé, lançado em 25/08/2007 e O Solimões.
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