TEMPO DE ELEIÇÃO
O cenário político brasileiro foi sempre marcado pela herança colonialista do expansionismo europeu. A dominação mudou apenas de forma, pois é praticada até os dias de hoje.
Depois de mais de vinte anos de rompimento com o regime militar, embora tenha saído da condição de país agrícola para industrial, o Brasil ainda contrasta crescimento tecnológico e analfabetismo. Convive com um eleitor despreparado e desconhecedor de sua importância no processo democrático e na transformação social. Em Tefé essa realidade fica mais transparente em época de eleição, ficando visível aos olhos até dos mais leigos cidadãos.
Lideranças comunitárias com baixo nível de escolaridade, desinformação, falta de leitura e pouca ideologia, faz da maioria dos líderes comunitários verdadeiros instrumentos de campanha política. Aliado a isso está boa parte das lideranças políticas, que em nome de quem paga mais deixa para traz qualquer ideologia. É o dinheiro a serviço da democracia. O resultado desse processo fica evidente com a atuação dos representantes eleitos anos após anos de seus mandatos. E não é nada difícil de entender se o objeto de análise for o processo eletivo da maioria de tais mandatários. Menos difícil ainda, é compreender como pode ser possível a democracia protagonizar momentos de verdadeiros e extremos absurdos, causando o rompimento de valores e de princípios considerados indispensáveis no alicerce da construção de uma sociedade justa e digna. Tudo isso seria incompreensível e ensejaria um bom tempo de estudo se não fosse tão evidente em solos brasileiros, a indiferença e o desprezo ao mais elementar instrumento de transformação política e social: a educação.
O período de eleição é o tempo em que muitos alimentam o sentimento de esperança e de renovação. A certeza de que na plenitude da cidadania e no exercício da prática democrática marca o limiar de um novo tempo, é também o momento em que se revela aos conscientes a inquietação de que muita coisa ainda precisa mudar. Essa certeza remete os mais céticos ao pensamento de que fazer a sua parte é o principal sentimento de dever cumprido. Votar é a única certeza de que a escolha foi coletiva. Mas a democracia não se consolida no simples ato de optar com liberdade, embora ela na sua essência seja isso: a liberdade de escolha. É necessário que o voto seja responsável e consciente, pois o votar por votar não faz bem ao estado democrático, muito menos ao cidadão.
Vote consciente! Ainda que você esteja errado. Valerá a certeza de que você buscou o que na sua concepção tinha de melhor. Para isso, observe, compare e, claro, vote!
(RAIFRAN BRANDÃO ARAÚJO)
O cenário político brasileiro foi sempre marcado pela herança colonialista do expansionismo europeu. A dominação mudou apenas de forma, pois é praticada até os dias de hoje.
Depois de mais de vinte anos de rompimento com o regime militar, embora tenha saído da condição de país agrícola para industrial, o Brasil ainda contrasta crescimento tecnológico e analfabetismo. Convive com um eleitor despreparado e desconhecedor de sua importância no processo democrático e na transformação social. Em Tefé essa realidade fica mais transparente em época de eleição, ficando visível aos olhos até dos mais leigos cidadãos.
Lideranças comunitárias com baixo nível de escolaridade, desinformação, falta de leitura e pouca ideologia, faz da maioria dos líderes comunitários verdadeiros instrumentos de campanha política. Aliado a isso está boa parte das lideranças políticas, que em nome de quem paga mais deixa para traz qualquer ideologia. É o dinheiro a serviço da democracia. O resultado desse processo fica evidente com a atuação dos representantes eleitos anos após anos de seus mandatos. E não é nada difícil de entender se o objeto de análise for o processo eletivo da maioria de tais mandatários. Menos difícil ainda, é compreender como pode ser possível a democracia protagonizar momentos de verdadeiros e extremos absurdos, causando o rompimento de valores e de princípios considerados indispensáveis no alicerce da construção de uma sociedade justa e digna. Tudo isso seria incompreensível e ensejaria um bom tempo de estudo se não fosse tão evidente em solos brasileiros, a indiferença e o desprezo ao mais elementar instrumento de transformação política e social: a educação.
O período de eleição é o tempo em que muitos alimentam o sentimento de esperança e de renovação. A certeza de que na plenitude da cidadania e no exercício da prática democrática marca o limiar de um novo tempo, é também o momento em que se revela aos conscientes a inquietação de que muita coisa ainda precisa mudar. Essa certeza remete os mais céticos ao pensamento de que fazer a sua parte é o principal sentimento de dever cumprido. Votar é a única certeza de que a escolha foi coletiva. Mas a democracia não se consolida no simples ato de optar com liberdade, embora ela na sua essência seja isso: a liberdade de escolha. É necessário que o voto seja responsável e consciente, pois o votar por votar não faz bem ao estado democrático, muito menos ao cidadão.
Vote consciente! Ainda que você esteja errado. Valerá a certeza de que você buscou o que na sua concepção tinha de melhor. Para isso, observe, compare e, claro, vote!
(RAIFRAN BRANDÃO ARAÚJO)