quinta-feira, abril 27, 2006 

E o sonho se acabou


Num caminho sem brilho sigo a vida
Num horizonte distante se esconde minha alegria
Na reluzente sombra ardente que restou do teu amor
A dor do sentimento que em mim ficou
E tão fraco me deixou, no suspiro do desejo:
A noite me abraçou

Você veio como um sonho
E tão rápido me acordou
No silêncio saiu devagarzinho
Me deixando aqui sozinho

Perdido na desilusão do meu amor
O que cintila é a tristeza
Maior que ela é a certeza de um amor que expirou
Viu a dor e abortou, caiu no medo, se entregou

Como lembrança ficou a saudade
Deixou comigo a maldade e o castigo
Do desejo infinito, imensurável de um amor
Que de tão grande se afogou no próprio encanto
Deixando pranto, espalhando dor

E o sonho se acabou
E a dor em mim brotou
E a flor que de tão triste atrofiou
E a noite que de tão escura e sombria
Se entregou à melancolia de um amor
Que por mim passou, deixando um rastro
De saudade, de lembrança, das cinzas do teu amor

Na impaciência desesperada do desejo
Sou um corpo inteiro em agonia
O vento traz teu cheiro, risca em mim
Tua mão vazia, deixa meu corpo em chamas
Incendeia o desencanto, viro lágrima, viro pranto
Sou sem vida, sou o nada, sem você sou um vazio
Sou um rio corrente de tristeza, de saudade e de dor
Não habito o mundo da esperança, me perdi sem teu amor.

(RAIFRAN BRANDÃO ARAÚJO)

quinta-feira, abril 06, 2006 

Um filho Zé

Zé do talento
Zé do humor
Zé de Zé Doca
Zé Gonçalves

Um homem de brilho
Brilho na criação
Na arte do humor
Conquistou coração

Homem de essência boa
Que trouxe à cidade
Muita alegria
Adorava a criação
Pintou a UPM
Pintou o Colonião

Numa matinê, sorriso nos lábios
Orgulho no peito, enchia a cidade
De muita animação
Era um peito aberto para a emoção

No carnaval era implacável
Pintava a cidade
Deixava animadas todas as gerações
Na UPM, no Colonião era o Zé na animação
Irreverente e consciente tinha um jeito diferente
De trazer o lazer: charges, caricaturas, carnaval...

Na arte da vida, não foi reconhecido
Tão triste esquecido, não teve uma rua
Uma praça, nada que o faça lembrar

Que pena Zé Doca, que os teus valores
São esquecidos, tratados com indiferença
Teus políticos só trocam de nome, esquecem
Teus homens, tua história fica para traz

Esquecida no tempo, que não terá volta
Mas há ainda um pouco
De homens que dão valor à tua história.

Um grande Zé, Zé Gonçalves
Lembrança alegre, de um homem
Que dorme e descansa em paz
Em São Luiz o teu corpo jaz

Deus te tenha Zé Gonçalves
Zé da alegria, da arte, Zé da paz
Zé de Zé Doca, Zé que jaz
Adeus filho querido
Adeus Zé Gonçalves


(RAIFRAN BRANDÃO ARAÚJO)

Quem é Raifran?

  • I'm Raifran Brandão Araújo
  • From Zé Doca, Ma - Tefé/Am, Brazil
  • A internet é esse fantástico mundo sem fronteiras e me sinto no dever de fazer dela um elo de comunicação entre a sociedade e a informação. Denunciar, criticar, sugerir e tudo que possa valorizar a sociedade e o espaço democrático. “Não podemos deixar que os desmandos das oligarquias políticas continuem tirando dos ribeirinhos o sonho de serem cidadãos". É preciso criar uma ruptura cultural e este espaço valoriza isso”. Sou Idealista, poeta amador, diretor e fundador do Jornal Folha de Tefé, lançado em 25/08/2007 e O Solimões.
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