CONGRESSO NACIONAL OU VERGONHA NACIONAL ?
Não bastassem as duas passagens aéreas que um parlamentar tem direito por mês, um apartamento funcional, um salário de R$ 8.000,00, uma exorbitante verba de gabinete para contratação de assessoria de R$ 20.000,00 mensais e ainda goza férias de três meses. – Claro! Eles não são trabalhadores. Nem poderiam ser considerados. Isso mostra porque é tão cobiçada e disputada uma vaga no Congresso Nacional. Vida de deputado e senador é sinônimo de conforto, pouco trabalho, muito dinheiro e influência.
O sonho de JK começou a se realizar no plano de metas. Fazer o Brasil crescer 50 anos em apenas cinco, este era o lema de JK. Em 1960 nasce Brasília, cercada por pequenas habitações que abrigavam as centenas de famílias nordestinas que migraram para o planalto central para a construção da nova capital federal e ali alimentar seus sonhos de um futuro melhor. Dava-se ali o início da interiorização do Brasil. Brasília seria um elo entre o país desenvolvido e o país despovoado do Norte. O sonho contou com a colaboração do singular arquiteto Oscar Niemayer e do urbanista Lúcio Costa. Brasília nasceu do sonho de um presidente que tinha como obstinação o desenvolvimento de seu país. O futuro veio e as pequenas habitações, hoje, viraram as cidades satélites do Distrito Federal, tais como, Guará, Taguatinga, Gama e outras. O sonho de JK, Brasília, virou pesadelo quando ali abrigou os homens ferrenhos da ditadura militar e no mais famoso Ato Institucional de número cinco, o AI V, como ficou conhecido, que representou, sem dúvida, o maior atentado aos direitos e garantias individuais e coletivos do povo brasileiro, Brasília envergonhou seu idealizador. Restou o consolo para a juventude que enquanto os militares reprimiam, os jovens se uniam para dá um rumo novo ao rock nacional. Nos porões e garagens da nova capital federal deu início a uma legião de bandas de rock que teve seu auge no início da década de 80, quando surgiram o Capital Inicial, Legião Urbana, Paralamas de Sucesso e os Raimundos, entre outras. Daí entraram em cena outros importantes líderes como Dante de Oliveira, Ulisses Guimarães, Tancredo Neve e outros não menos importantes e passamos pela transição democrática para finalmente chegarmos à tão sonhada democracia brasileira. Mas para quem imaginava que o fim da ditadura representava também o fim da vergonha nacional se enganou. Hoje, Brasília é também o paraíso dos colarinhos brancos, políticos corruptos, muito esquema e entre um escândalo e outro há sempre o empobrecimento de uma nação cada vez mais cética em seus representantes parlamentares.
A capital federal chama a atenção pelo seu arrojo arquitetônico, avenidas largas, o verde quase sempre presente em gramas e jardins para todos os lados, as explanadas dos ministérios e as praças três poderes dão um ar de importância à cidade, e não poderia ser diferente já que dali saem as decisões mais importantes do país. Com tanta beleza e modernidade ela seria perfeita não fosse a imperfeição dos políticos que nela habitam, ofuscando todo seu encanto e beleza, não apenas de uma cidade capital, mas, acima de tudo, que ofusca o brilho e o orgulho de ser brasileiro.
O sonho de JK começou a se realizar no plano de metas. Fazer o Brasil crescer 50 anos em apenas cinco, este era o lema de JK. Em 1960 nasce Brasília, cercada por pequenas habitações que abrigavam as centenas de famílias nordestinas que migraram para o planalto central para a construção da nova capital federal e ali alimentar seus sonhos de um futuro melhor. Dava-se ali o início da interiorização do Brasil. Brasília seria um elo entre o país desenvolvido e o país despovoado do Norte. O sonho contou com a colaboração do singular arquiteto Oscar Niemayer e do urbanista Lúcio Costa. Brasília nasceu do sonho de um presidente que tinha como obstinação o desenvolvimento de seu país. O futuro veio e as pequenas habitações, hoje, viraram as cidades satélites do Distrito Federal, tais como, Guará, Taguatinga, Gama e outras. O sonho de JK, Brasília, virou pesadelo quando ali abrigou os homens ferrenhos da ditadura militar e no mais famoso Ato Institucional de número cinco, o AI V, como ficou conhecido, que representou, sem dúvida, o maior atentado aos direitos e garantias individuais e coletivos do povo brasileiro, Brasília envergonhou seu idealizador. Restou o consolo para a juventude que enquanto os militares reprimiam, os jovens se uniam para dá um rumo novo ao rock nacional. Nos porões e garagens da nova capital federal deu início a uma legião de bandas de rock que teve seu auge no início da década de 80, quando surgiram o Capital Inicial, Legião Urbana, Paralamas de Sucesso e os Raimundos, entre outras. Daí entraram em cena outros importantes líderes como Dante de Oliveira, Ulisses Guimarães, Tancredo Neve e outros não menos importantes e passamos pela transição democrática para finalmente chegarmos à tão sonhada democracia brasileira. Mas para quem imaginava que o fim da ditadura representava também o fim da vergonha nacional se enganou. Hoje, Brasília é também o paraíso dos colarinhos brancos, políticos corruptos, muito esquema e entre um escândalo e outro há sempre o empobrecimento de uma nação cada vez mais cética em seus representantes parlamentares.
A capital federal chama a atenção pelo seu arrojo arquitetônico, avenidas largas, o verde quase sempre presente em gramas e jardins para todos os lados, as explanadas dos ministérios e as praças três poderes dão um ar de importância à cidade, e não poderia ser diferente já que dali saem as decisões mais importantes do país. Com tanta beleza e modernidade ela seria perfeita não fosse a imperfeição dos políticos que nela habitam, ofuscando todo seu encanto e beleza, não apenas de uma cidade capital, mas, acima de tudo, que ofusca o brilho e o orgulho de ser brasileiro.
Ironicamente há sobre o Memorial JK uma escultura dele próprio na direção da praça dos três poderes (local onde estão as três cúpulas dos poderes da república: Legislativo, Executivo e Judiciário). Na escultura, JK aparece com o braço direito levantado como se estivesse saudando seu povo, hoje, certamente, se tivéssemos de ouvir de JK o que representa aquele braço levantado ele certamente diria que estaria se dirigindo ao parlamento brasileiro: - saiam, saiam todos! – Devolvam o dinheiro do povo!!! Vocês me envergonham!!! A essa altura os deputados já estariam chegando aos seus estados de origem e pelos cantos do congresso sairiam correndo, quem diria, os nossos ilustres senadores Athur Neto e puxando, quem sabe, ainda com dúvida se devolveria ou não o dinheiro aquele que representa uma das poucas esperanças de honestidade, o nosso querido Jefferson Perez. Mas nem este teve a dignidade de recusar tão vergonhosa fortuna.
E a assim vivemos nós, o povo brasileiro, esperando de ano em ano uma mudança que parece nunca chegar, mas continuemos lutando, de voto em voto tiro e boto, faço o político deputado, senador, governador, prefeito e também vereador. Eles sempre dependerão de nós, ainda que seja de tempo em tempo.
(RAIFRAN BRANDÃO ARAÚJO)
E a assim vivemos nós, o povo brasileiro, esperando de ano em ano uma mudança que parece nunca chegar, mas continuemos lutando, de voto em voto tiro e boto, faço o político deputado, senador, governador, prefeito e também vereador. Eles sempre dependerão de nós, ainda que seja de tempo em tempo.
(RAIFRAN BRANDÃO ARAÚJO)